18 milhões de embalagens pós-consumo recicladas


 

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17 Milhões de Embalagens recicladas



 

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"O sucesso é construído de 99 por cento de fracasso". Soichiro Honda



 

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Enquanto produção de lixo cresce, coleta seletiva não avança em Minas Gerais

 


Da garrafa de água ou refrigerante, a transformação do material em tecido para camisas e calças jeans. Em parquinhos e escolas, pisos de borracha colorida feitos a partir do pneu usado, produto que demoraria 600 anos para se decompor. Apesar da importância para reduzir o volume de lixo, a reciclagem ainda é uma realidade distante na maioria das regiões de Minas Gerais – só 1,47% dos resíduos sólidos foram reaproveitados e menos de 30% dos municípios contam com a coleta seletiva, segundo a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). Enquanto isso, a quantidade de rejeitos gerados pela população cresceu mais de 18% em nove anos.


E até nas cidades que contam com o serviço, a oferta ainda é limitada. Moradora do bairro Santa Tereza, na região Leste de Belo Horizonte, a jornalista Caroline de Paula, 36, faz a separação diária dos resíduos. Para facilitar o dia a dia, ela comprou uma lixeira com compartimentos específicos para cada tipo de material: plástico, papel, metal e vidro. "Me assusta a quantidade de lixo que geramos, muitas vezes por conta dos produtos que estão disponíveis nos supermercados. Tenho tentado mudar o que consumo, para ter o mínimo de embalagem, só que tem muita coisa que ainda fico refém", contou. Mesmo com todo o cuidado, Caroline disse que todo o material vai para a coleta comum.

Toda vez que eu desço e as lixeiras estão limpas, coincide daqueles de reciclagem também estarem vazias. Na minha cabeça, estão misturando todos os lixos e colocando tudo junto na rua", relatou. Na regional, o único ponto para a destinação de produtos recicláveis fica em uma rua do bairro Horto, a mais de seis quilômetros do prédio em que mora Caroline. "Você está a fim de contribuir e não consegue, você se sente naquela situação: será que vou me tornar mais uma pessoa que não separa o lixo? Ainda insisto em fazer, mas é muito difícil nadar contra a maré sozinha, a sensação que eu tenho é essa", alegou. E não faltam metas para que o poder público invista na expansão da coleta seletiva.

Aprovada há 10 anos, a Política Nacional de Resíduos Sólidos prevê que o serviço seja oferecido pelos municípios em todos os bairros até 2036. Porém, a implantação caminha a passos lentos e até hoje quase 10% dos resíduos sólidos ainda são encaminhados para os lixões em Minas Gerais, sem nenhum cuidado ambiental. Para o diretor-presidente da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), Carlos Silva Filho, muitas cidades ainda possuem dificuldades financeiras para custear a coleta seletiva.

"Esse trabalho é um dos pilares para que o aproveitamento de resíduos seja possível, com sua posterior utilização como um recurso, porém é um serviço que ainda tem um custo mais elevado do que a coleta comum e que, para o seu sucesso é fundamental o engajamento e participação ativa da população. Mesmo nos municípios que já implementaram a coleta seletiva, muitas ainda observam uma adesão ainda limitada da população", enfatizou. Conforme o especialista, o engajamento e participação ativa da sociedade é fundamental para o sucesso da coleta seletiva.

Entre as políticas implementadas para alcançar esse objetivo, Carlos Silva explica que as prefeituras poderiam oferecer algum tipo de desconto no pagamento das taxas de serviços de limpeza urbana para quem comprovar aderir ao sistema de coleta seletiva. "Entendemos ser importante a estruturação de projetos que contribuam para despertar o interesse e tal engajamento", frisou.

'Parte para a solução de um problema'

Já o professor do Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental da UFMG, Raphael Tobias de Vasconcelos Barra, destacou que a coleta seletiva é parte da solução do excesso de resíduos. "A coleta seletiva só apareceu em uma lei nacional em 2010, que incorporou esse serviço entre as suas diretrizes e não está mais sujeito ao gosto do governante. Mas também não vai resolver tudo, é um dos aspectos que vai ajudar a equacionar esse excesso de materiais descartados todos os dias", declarou. Só em Minas Gerais, cada pessoa gera pelo menos 330 kg de lixo por ano.

Entre as metas que não foram cumpridas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, está a elaboração de dos planos municipais para a gestão desse serviço, que terminou em 2017. Conforme a Semad, apenas 37% dos municípios mineiros contam com o documento, que entre as estratégias, deve traçar políticas para a expansão da reciclagem. "São metas que naquele momento pareciam irreais, e agora está pior ainda, a não ser que comece um movimento vigoroso. E a crise econômica se juntou com a pandemia, o que retirou ainda mais recursos das contas públicas. Além disso, o poder público parece não ter vontade de assumir tarefas que têm obrigação legal de fazer", resumiu. (pode entrar na peça-frase)

Coleta seletiva porta a porta atende apenas 12% da população em BH

Mesmo na cidade mineira que dispõe de mais recursos orçamentários, a coleta seletiva ainda engatinha. Em Belo Horizonte, o serviço porta a porta, em que os materiais recicláveis são recolhidos na rua das residências, atende somente 47 dos 487 bairros, o que corresponde a aproximadamente 12% da população. A Lei de Diretrizes Orçamentárias já trouxe uma meta para a expansão do recolhimento desses resíduos para 80 bairros da cidade até 2016, o que não foi cumprido até hoje.

Outra modalidade disponível é a coleta ponto a ponto, em que são disponibilizadas estruturas para que a população deposite os resíduos. Em toda a cidade, existem 64 locais – em 2018, eram 69. Há dois anos, a prefeitura da capital iniciou a substituição dos Locais de Entrega Voluntária (LEVs), que são contêineres abertos em praças e ruas, para os Pontos Verdes, considerados mais modernos e com coleta mecanizada – os produtos só podem ser retirados pelo caminhão.

Para o professor Raphael Barra, a capital já foi considerada referência nacional na política de coleta seletiva, iniciada ainda na década de 1990, mas ficou para trás. "A prefeitura fala que tem o serviço em todas as regionais, mas será que atende a cidade como um todo? Já garanto que não está funcionando direito. Deveria informar melhor as pessoas, ter mais locais equivalentes ao Ponto Verde. E não é só ter, mas também usar bem", pontuou.

E diante do pouco avanço do setor, o índice de resíduos reciclados na cidade só caiu nos últimos nove anos. Em 2012, 1,2% das 664,5 toneladas de resíduos gerados na cidade foram encaminhados para associações e cooperativas de catadores de recicláveis. Até agosto deste ano, o índice ficou em 0,86% das 407.000 toneladas de materiais. A chefe do Departamento de Políticas Sociais e Mobilização da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU), Ana Paula Assunção, lembrou que o número representa apenas o que foi recolhido pela coleta seletiva e não contabiliza o impacto gerado por catadores autônomos e empresas de reciclagem.

"São vários fatores que explicam essa queda. O mais recente e que ocasionou um impacto significativo foi a pandemia, já que tivemos inclusive a paralisação na maior parte do ano passado do serviço de coleta seletiva até que fosse feito um novo protocolo de segurança. Além disso, temos um problema de depredação e vandalismo das estruturas ponto a ponto, sendo que muitas vezes acaba precisando desativar o local", enfatizou. A dirigente alegou ainda que o número de pessoas que retiram os materiais recicláveis dos resíduos sólidos nas ruas cresceu consideravelmente. "Tem pessoas em carro particular, carrinhos de tração humana. Na cidade como um todo, temos observado esse aumento da catação avulsa".

A chefe da SLU pontuou ainda que a coleta seletiva porta a porta será ampliada neste ano para mais cinco bairros e voltou a enfatizar que toda a cidade é atendida por conta dos Pontos Verdes e LEVs. Mas há regionais que contam com pouca oferta. É o caso da Noroeste, com quase 270.000 habitantes e apenas um local para a destinação do material reciclável. "O modelo permite que a pessoa se desloque de um bairro para o outro para fazer a destinação do resíduo, mas é claro que vamos trabalhar para ampliação dos dois sistemas. Temos feito pesquisas nos Pontos Verdes, principalmente, e grande das pessoas que utiliza esse serviço se desloca de carro, acaba tendo uma condição de fazer esse deslocamento um pouco maior", justificou.

Na região metropolitana de Belo Horizonte, a situação é diversa. Enquanto Contagem conta a coleta seletiva porta a porta para 30% dos moradores e prevê levar a atividade para toda até 2036, Santa Luzia ainda não tem o serviço. Em Ribeirão das Neves, o recolhimento acontece apenas em prédios públicos e escolas. Já no município de Nova Lima, 31 dos 159 bairros têm coleta e em Sabará cerca de 2% dos resíduos sólidos são reciclados.

Condomínios fazem parceria com ONG para recolhimento dos recicláveis

Para contribuir com a redução dos resíduos gerados, o presidente do Sindicato dos Condomínios Comerciais, Residenciais e Mistos de Minas Gerais, Carlos Eduardo Alves de Queiroz, disse que a entidade fez uma parceria com a ONG Inove para recolhimento dos materiais recicláveis nos edifícios. "O que o condomínio tiver, essa entidade busca. Garrafas, latinhas, móveis e até computador e televisão podem ser levados para a reciclagem. Muitos locais aderiram, mas temos feito uma divulgação para aumentar ainda mais o número", declarou.

O presidente destacou que a coleta seletiva tem melhorado nas cidades que contam com o serviço, mas de forma muito lenta. "Falta também uma conscientização das pessoas em separar o lixo orgânico do reciclável. E muitas vezes, mesmo fazendo isso, o caminhão acaba passando e levando tudo junto", finalizou.

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Clima mundial piora a partir de 2030, e Amazônia poderá virar floresta seca




Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) alerta que fome, pobreza, doenças e um grande êxodo podem marcar século 21 se não houver mudança na sociedade




Milhões de famintos, êxodo, conflitos, queda de atividade econômica e crise social. Esses são alguns dos cenários traçados por cientistas diante da constatação de que as mudanças climáticas vão se acelerar nos próximos anos e que, se não houver uma transformação radical de políticas públicas e estrutura da economia, a presença humana no planeta viverá uma nova era, muito mais hostil.


No horizonte, a projeção é de que o aquecimento do planeta provoque em diferentes partes uma “ruptura social”. Mas em todos os cenários para o século 21, as conclusões apontam para a mesma direção: serão os mais pobres e vulneráveis quem pagarão um preço mais elevado - e por vezes insuportável- pela transformação climática.

A partir de segunda-feira, o IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas) começa a publicar uma série de novos informes, num calendário que está previsto para durar até fevereiro de 2022.

Uma das principais constatações dos cientistas é de que o mundo viverá uma transformação de seu clima anos antes do que se previa originalmente. A elevação intensa poderá já ser identificada na década de 2030, cerca de dez anos antes das estimativas feitas no início do século.

No informe, a temperatura pode exceder nos anos 2030 a marca de 1,5°C em relação ao período de 1850-1900, com uma probabilidade entre 40% e 60%.

Os glaciais continuarão a perder massa por pelo menos várias décadas, mesmo que a temperatura global esteja estabilizada. Há uma alta possibilidade de que tanto a Groenlândia quanto as placas de gelo da Antártida continuarão a perder massa ao longo deste século.

O IPCC também desfaz qualquer ilusão sobre a questão das cidades costeiras. “É praticamente certo que o nível médio global do mar continuará a subir ao longo do século 21, com uma provável elevação de 0,28-0,55 m (no cenário menos pessimista) e 0,63-1,02 m (no cenário mais pessimista) em relação à média de 1995-2014”, diz.

No caso da Amazônia, o rascunho do informe inclui a floresta entre os pontos do planeta que poderão caminhar para um “ponto de ruptura”.

“A floresta amazônica como um repositório de biodiversidade está ameaçada pela relação entre as mudanças no uso da terra e as mudanças climáticas, que poderia levar a uma transformação ecológica em larga escala e a mudanças biológicas a partir de um floresta úmida em floresta seca e pastagens, reduzindo a produtividade e o armazenamento de carbono”, alerta o informe, em sua versão original.

“Eventos extremos mais frequentes e intensos, adicionais às tendências climáticas progressivas, estão empurrando mais ecossistemas para pontos de ruptura além dos quais mudanças abruptas ou transições para um estado degradado ou totalmente diferente podem ocorrer”, alertam.

Num primeiro momento, o documento que está sendo concluído nesta semana afirmará de forma clara que é “muito provável” que as atividades humanas na emissão de CO2 sejam os “principais motores” do aquecimento desde 1979 e “extremamente provável” que a ação humana seja a causa da destruição da camada de ozônio.

Há mais de uma década, o IPCC constatou que as mudanças climáticas já eram uma realidade e seu trabalho foi recompensado com um prêmio Nobel da Paz. Agora, os cientistas apontam que tal cenário está intimamente relacionado com a atividade humana e que não se trata de um ciclo do planeta, um golpe contra negacionistas.

O documento, o primeiro de tal dimensão em sete anos, está sendo negociado por cientistas e representantes de governos. Mas versões iniciais do rascunho do texto, obtidos pelo EL PAÍS, constatam a influência humana para o aumento da umidade atmosférica, para a precipitação e proliferação de eventos extremos.

A influência humana também é considerada “muito provavelmente” como o “principal motor do recuo global das geleiras” e “muito provavelmente” contribuiu para a diminuição observada na cobertura de neve na primavera do Hemisfério Norte desde 1950″.

O levantamento constata ainda que as concentrações atmosféricas de CO2, metano e N2O são mais altas do que em qualquer momento em pelo menos 800 mil anos, e as atuais concentrações de CO2 não foram experimentadas por pelo menos 2 milhões de anos.

Não existem mais espaços para dúvidas: o aquecimento é uma realidade e os eventos climáticos extremos vão se multiplicar pelo século 21, mesmo que a comunidade internacional consiga neutralizar as emissões de CO2.

Os documentos definitivos do IPCC ainda poderão ser modificados, principalmente por pressão de governos. Mas, em suas versões originais e estabelecidas por cientistas, o alerta é claro de que, sem uma ação imediata, o século 21 será um desafio sem precedentes.

Fome

Um dos destaques se refere à capacidade de alimentar sociedades. Num dos documentos que será publicado nos próximos meses pelo IPCC, a mudança climática é projetada como um fator que irá impactar negativamente a segurança alimentar e a nutrição, causando um aumento do número de pessoas em risco de fome em 2050 em até 80 milhões de pessoas.

Segundo o rascunho do informe, “algumas terras secas se expandirão até 2100” e haverá um aumento da concorrência por terra, energia e água através da intensificação da produção de alimentos.

“Os principais impactos projetados da mudança climática no setor agrícola e alimentar incluem um declínio em pesca, aquicultura e produção agrícola, os rendimentos agrícolas serão impactados, especialmente na África Subsaariana, África, América Central e do Sul, Sul e Sudeste Asiático”, alerta o IPCC, indicando para implicações para a segurança alimentar.

Um aumento de temperatura no século 21 de 2,3ºC causaria um declínio de 188-415.000 km2 no uso de terras na Mesoamérica e entre 52-405.000 km2 na América do Sul. A produção de milho seria impactada na Europa, assim como o cultivo de cereais e soja em baixas latitudes são projetadas para diminuir em aproximadamente 5% a cada 1°C de aquecimento. A produção australiana de trigo ainda pode diminuir 7-9% até os anos 2050.

Os estudos também revelam que produtividade global da pesca marinha e da aquicultura diminuirá, aumentando a insegurança alimentar de milhões de pessoas. O potencial de captura da pesca marinha está projetado para diminuir 40-70% em regiões tropicais, gerando um alto risco de desnutrição na África Ocidental e Oriental.

Os documentos, porém, revelam que o impacto das mudanças climáticas na agricultura já são realidades comprovadas. Nos últimos 30 anos, registrou-se um declínio na safra global entre 4-10%, afetando 166 milhões de pessoas, principalmente na África e América Central. Essas populações, hoje, dependem de assistência humanitária. Na África Subsaariana, a produção de milho e trigo diminuiu em 5,8% e 2,3%, respectivamente.

“Extremos relacionados ao clima, tais como inundações, ondas de calor, secas e episódios de alto nível de concentrações de ozônio aumentaram nos últimos 50 anos em terra e no mar, causando severas perdas localizadas em produção agrícola em muitas regiões”, constatam.

“A variabilidade climática e os extremos afetam negativamente produção e qualidade de alimentos, exacerbam a escassez de alimentos sazonais, aumentam os preços dos alimentos e ameaçam a segurança alimentar, e a nutrição e a subsistência de milhões de pessoas, particularmente na África subsaariana, Ásia-Pacífico, e América Latina”, completam.

Inundações, secas e doenças

O IPCC ainda alerta que, sem adaptação, as mortes causadas pelas inundações aumentarão globalmente em cerca de 130% em comparação ao período entre 1976-2005, num cenário de aquecimento de 2°C.

Mas, ao mesmo tempo, a insegurança hídrica causada pela escassez de água aumentará, afetando potencialmente 170 milhões de pessoas. “Em cenários de maior risco, projeta-se que as cidades sejam negativamente afetadas por secas de até 20 vezes mais até 2100”, alerta.

Um aquecimento de 2,7ºC colocaria entre 21 e 112 milhões de pessoas em estresse hídrico na Mesoamérica, 28 milhões no Brasil e até 31 milhões no restante dos países da América do Sul. No sul da Europa, mais de um terço da população estará exposta ao estresse hídrico se as temperaturas aumentarem em 2°C.

Outro resultado previsto é o aumento de doenças não transmissíveis e infecciosas, incluindo doenças transmitidas por vetores, doenças transmitidas pela água e por alimentos.

“As doenças transmitidas por mosquitos e carrapatos são projetadas para se expandir para latitudes e altitudes mais elevadas”, apontaram os cientistas, indicando uma migração de doenças até agora restritas aos trópicos. “O risco de dengue crescerá e seu alcance será espalhados na América do Norte, Ásia, Europa e África subsaariana, colocando potencialmente outras 2,25 bilhões de pessoas em risco”, destacam.

“As mudanças climáticas provavelmente aumentarão a capacidade vetorial da malária e a infecção em partes da África Sub-Sahariana, África Oriental e Austral, Ásia e América do Sul. Doenças infecciosas ligadas à pobreza se tornarão mais severas, assim como a intensidade de febres hemorrágicas como ébola”, aponta o rascunho do documento do IPCC.

Já na segunda parte do século, com a continuação dos padrões populacionais globais, entre 1,6 bilhão e 2,6 bilhões de pessoas extras são projetadas para viver em regiões com doenças transmitidas pela água, vetoriais e transmissíveis e com deficiências acesso a serviços básicos e infraestrutura de saúde..

“O aquecimento aumenta o potencial para surtos de doenças de origem alimentar, incluindo Salmonella e Campylobacter. O aquecimento apóia o crescimento e expansão geográfica de fungos toxigênicos nas culturas de algas marinhas e de água doce potencialmente tóxicas e bactérias”, indicam.

O IPCC ainda considera como “muito provável” que temperaturas mais altas e chuvas fortes mais frequentes levem a taxas mais elevadas de doenças diarreicas em muitas regiões. “Em países de baixa e média renda na Ásia e na África, o aquecimento a 1°C pode causar um aumento de 7% na diarréia, ligado a um aumento de 8% na E. coli, e um aumento de 3% a 11% nas mortes”, diz.

O desenvolvimento socioeconômico deveria reduzir as mortes por diarréia, mas a mudança climática causaria mortalidade adicional entre as crianças.

Os limites do calor e economia ameaçada

O calor também matará e, para o IPCC, já é hora de começar a avaliar quais são as temperaturas toleráveis. Aumentos substanciais no stress térmico relacionado ao calor levarão a uma maior mortalidade e a morbidez em muitas regiões, especialmente África do Norte, Oeste e Central.

“O excesso de mortes relacionadas ao calor nas cidades australianas é projetado para aumentar entre 200% e 400% durante os anos entre 2031-2080 em relação ao período entre 1971-2020”, diz. Na Europa, o número de pessoas com alto risco de mortalidade triplicará se a temperatura no século aumentar em 3°C.

Quem não morre hoje acaba perdendo produtividade. “Os limites às tolerâncias fisiológicas humanas de calor foram alcançados em muitas regiões. O aquecimento está associado a uma redução estimada de 5,3% na produtividade do trabalho nos últimos 15 anos, e chega a 10% em países de baixa renda em baixas latitudes”, constata.

De uma forma geral, os impactos da mudança climática sobre os recursos hídricos são projetados para reduzir o PIB em muitos países de baixa e média renda, caso não sejam implementadas medidas adequadas de adaptação ou mitigação.

Apenas pelo impacto no abastecimento de água, projeções publicadas pelo IPCC indicam queda de 0,49% do PIB em 2050, com variações regionais significativas para o Oriente Médio (14%); Sahel (11,7%); Ásia Central (10,7%), Ásia Oriental (7%) e Ásia do Sul (0,9 a 2,7%).

Não existem mais dúvidas de que a variabilidade climática já afetaram negativamente a economia em algumas regiões. “Os impactos econômicos das mudanças climáticas incluem mudanças em produtividade agrícola e trabalhista. As estimativas para os países africanos sugerem que o PIB per capita sobre o período 1991-2010 foi, em média, 13,6% menor em comparação a um cenário com a ausência de aquecimento global. O setor financeiro tem visto perdas entre 2013-2020 de quase 1,2% do PIB da Austrália.

A erosão costeira já afeta o transporte e o comércio internacional, enquanto o turismo está enfrentando mudanças nas características de seus destinos e mudanças na demanda.
Ruptura social: pobreza e o grande êxodo

Para milhões de pessoas pelo planeta, a transformação do clima será traduzido em miséria e fuga de suas próprias terras. Desde 2008, uma média de 12,8 milhões de pessoas são desalojadas anualmente por desastres naturais, sendo as tempestades e enchentes os dois maiores motores. Mas a taxa promete aumentar.

Num dos cenários trabalhados pelo IPCC, o número de pessoas vivendo em extrema pobreza poderá ser incrementada em 132 milhões em relação aos atuais 700 milhões que já se encontram nessas condições. Como resultado, as “futuras mudanças climáticas podem aumentam o deslocamento forçado”. “Mesmo com as mudanças climáticas atuais e moderadas, as pessoas vulneráveis experimentarão uma maior erosão de sua segurança de subsistência que pode interagir com crises humanitárias, como o deslocamento e a migração forçada e conflito violento, e levam a pontos de ruptura social”, alertam.

De acordo com as projeções do IPCC, a migração atual e futura não está relacionada apenas com conflitos armados. Mas com fatores climáticos, padrões de crescimento populacional e da capacidade de sociedades de se adaptar a tal cenário.

Nos próximos anos, entre 634 milhões de pessoas e 1,4 bilhão de pessoas poderão estar expostas a riscos associados à elevação do nível do mar. Só um aumento médio do nível do mar de 0,8 m até 2100 inundariam áreas com uma população total projetada de até 88 milhões.Nos centros urbanos, ilhas de calor urbano poderão deixar entre 350 milhões e 410 milhões de pessoas sem acesso a água.

“Mais 1,7 bilhão de pessoas serão expostas a calor severo, 420 milhões de pessoas a ondas de calor extremo e cerca de 65 milhões de pessoas a ondas de calor excepcionais cada 5 anos se as temperaturas aumentarem de 1,5°C a 2°C ao longo do século”, diz.

No ano de 2080, entre 390 milhões e 490 milhões de pessoas em centros urbanos na África Subsaariana e até 1,1 bilhão na Ásia poderiam ser afetados por mais de 30 dias de calor mortal por ano. Ondas de calor mais frequentes e intensas também afetarão as comunidades mediterrâneas e as da Europa Ocidental, Central e Oriental.

“O deslocamento pode reconfigurar dramaticamente as comunidades com implicações sociais, sistemas de coesão e conhecimento”; alerta o documento. Mas os cenários também revelam como a realidade também será mais complexa: mesmo expulsas de suas terras, milhões de pessoas podem viver uma situação de maior imobilidade ou “aprisionamento”, já que não terão meios de se deslocarem para outros locais.

Fonte: El País
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Agosto / 2021 - 15 milhões de embalagens pós-consumo recicladas




Plásticos PP, PEAD, PS, PET entre outros, criado no início do século XX, o plástico tornou- se algo comum no dia a dia das pessoas, sendo utilizado em quase tudo que existe. Desde peças de veículos, instrumentos cirúrgicos e órgãos artificiais, artigos decorativos, roupas e calçados, produtos para construção civil, cosméticos e as embalagens de praticamente tudo que é fabricado no mundo moderno.

Anualmente, cerca de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas pelo mundo, sendo que quase 160 toneladas são de embalagens de uso único. para se ter uma ideia, o primeiro plástico criado por volta de 1950, ainda existe em nosso meio ambiente, pois a grande maioria deste resíduo acaba em aterros e pior, são descartadas no meio ambiente, onde se desagrega em micropartículas e poluem as águas e o ar, prejudicam a fauna marinha e, finalmente, são ingeridas pelos seres humanos. Infelizmente, já existe mais plástico nos oceanos do que na terra e até 2050, haverá mais plástico nos oceanos do que peixes. Além disso, praticamente todas as aves marinhas, peixes e até mesmo o plâncton já possuem microplásticos nos seus organismos. Para se ter uma ideia, em 2020, cientistas conseguiram identificar os primeiros seres humanos com microplásticos em seus organismos.
Dado o exposto, o programa socioambiental dos Estabelecimentos prisionais do Estado de Minas Gerais, atua na redução dos impactos ambientais causados pelos complexos prisionais de Ribeirão das Neves e São Joaquim de Bicas. Criado em 2015 no presídio Inspetor José Martinho Drumond, o projeto piloto realizou uma série de pesquisas sobre a possibilidade de se criar uma unidade prisional sob a ótica ecológica, atendendo os pilares da sustentabilidade, além de promover a educação ambiental e metodologias para reutilizar, reduzir e reciclar os próprios resíduos sólidos.


 

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Sobre biogás

Plásticos, humanos e o outro elemento nocivo, o gás metano. A gente sempre tenta fazer coisas iluminadas? A gente tenta ou finge que está tudo normal. Mas verdade seja dita, todas as gerações de seres humanos fracassaram sistematicamente na condução dos recursos desse planeta. Por isso, lixo e destruição é o que deixaremos de herança para as gerações futuras.

Então por que insisto em fazer as coisas que insisto em fazer?

Poderia dizer que lavo minhas mãos ...

Poderia dizer que nada mais me resta a não ser a loucura de ainda acreditar na transformação dessa espécie divinamente viral.

Poderia dizer que estou lutando contra os moinhos de vento.

Mas ... Hoje... agora ... prefiro pensar que estou sozinho na praia pegando e jogando estrelas do mar de volta ao oceano.

E se tudo der certo, nunca mais comprarei gás GLP rsrs,.


https://www.trashcoin.com.br






 

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Unidades Prisionais a um passo da sustentabilidade.

 

Foto: Ricardo Nascimento


Plásticos PP, PEAD, PS, PET entre outros, criando no início do século XX, o plástico tornou- se algo comum no dia a dia das pessoas, sendo utilizado em quase tudo que existe. Desde peças de veículos, instrumentos cirúrgicos e órgãos artificiais, artigos decorativos, roupas e calçados, produtos para construção civil, cosméticos e as embalagens de praticamente tudo que é fabricado no mundo moderno. 


Anualmente, cerca de 400 milhões de toneladas de plástico são produzidas pelo mundo, sendo que quase 160 toneladas são de embalagens de uso único.  para se ter uma ideia, o primeiro plástico criado por volta de 1950, ainda existe em nosso meio ambiente, pois  a grande maioria deste resíduo acaba em aterros e pior, são descartadas no meio ambiente, onde se desagrega em micropartículas e poluem as águas e o ar, prejudicam a fauna marinha e, finalmente, são ingeridas pelos seres humanos.


Infelizmente, já existe mais plástico nos oceanos do que na terra e até 2050, haverá mais plástico nos oceanos do que peixes. Além disso, praticamente todas as aves marinhas, peixes e até mesmo o plâncton já possuem microplásticos nos seus organismos. Para se ter uma ideia, em 2020, cientistas conseguiram identificar os primeiros seres humanos com microplásticos em seus organismos. 


Guerra total contra o lixo.


Dado o exposto, o programa socioambiental dos Estabelecimentos prisionais do Estado de Minas Gerais, atua na redução dos impactos ambientais causados pelos complexos prisionais de Ribeirão das Neves e São Joaquim de Bicas.  Criado em 2015 no presídio Inspetor José Martinho Drumond, o projeto piloto realizou uma série de pesquisas sobre a possibilidade de se criar uma unidade prisional sob a ótica ecológica, atendendo os pilares da sustentabilidade, além de promover a educação ambiental e metodologias para reutilizar, reduzir e reciclar os próprios resíduos sólidos.  


Em 2019, o programa socioambiental entrou em operação com a proposta de reciclar as embalagens de uso único, chamadas popularmente de “ marmitas de isopor®”, mas tecnicamente, são embalagens de EPS - poliestireno expandido, um tipo de plástico celular rígido composto por 98% de ar e 2% de plástico, entretanto, somente nos complexos prisionais de Ribeirão das Neves, mais de 150 KG deste material são gerados diariamente.


O processo de reciclagem destas embalagens se tornou possível após uma parceria entre Governo do Estado de Minas Gerais e a iniciativa privada que através de um processo inovador que transforma os resíduos de EPS em produtos altamente resistentes usados na fabricação de molduras, quadros, porta, retratos, espelhos, revestimentos, decks, rodapés, guarnições, rosetas para portas, entre outros, utilizados pelo mercado da construção e decoração no Brasil e exportado para vários países.


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Zema e Salles assinam acordo de R$ 100 milhões para acabar com lixões

 O governador Romeu Zema (Novo) participou na tarde desta segunda-feira (17), ao lado do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, do lançamento do programa Lixão Zero.

Apesar de a legislação brasileira ter previsto o fim dos lixões há mais de uma década, em centenas de cidades mineiras eles continuam ativos e atormentam milhares de moradores.

No acordo firmado entre os governos federal e estadual serão repassados R$ 100 milhões às prefeituras do Estado, por meio de consórcio firmado com as cidades, para desativar os lixões. 

O montante destinado ao programa foi recebido pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) em multas pagas pela mineradora Vale pelos danos ambientais causados pelo rompimento da barragem do Córrego do Feijão, em Brumadinho. 

“Sabemos que isso significa não só redução de danos ao meio ambiente como também mais saúde para a população, já que a disposição inadequada de resíduos acarreta uma série de problemas”, avaliou o governador.

A cerimônia em que foi assinado o acordo aconteceu na sede da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg) e contou com a participação do presidente da entidade, Flávio Roscoe, e do senador Carlos Viana (PSD), vice-líder do governo Bolsonaro no Congresso. Cerca de 50 manifestantes protestaram contra o ministro do Meio Ambiente na entrada do prédio da Fiemg. 

Os consórcios entre as prefeituras serão selecionados e receberão financiamento para implantação de usinas de triagem mecanizadas de resíduos sólidos urbanos, onde ocorre a separação dos resíduos. Eles assumem o compromisso de gerir as usinas de triagem e encerrar os lixões em suas cidades. 

Zema afirmou ainda que o recurso chega “em ótima hora” para ajudar na recuperação econômica do Estado. “Significa também movimentação econômica, geração de empregos e menos danos ambientais. Com toda certeza vamos ter um impulsionamento expressivo com todas essas ações”, disse.

Zema lembrou que os R$ 100 milhões disponibilizados vão complementar o total de R$ 1 bilhão recebidos pelo Estado em termo de reparação feito com a Vale, para investimentos em cidades da região do rio Paraopeba, onde centenas de comunidades foram afetadas pela poluição das águas. 

O ministro Ricardo Salles afirmou que melhorar o tratamento de resíduos e o saneamento são fundamentais para o desenvolvimento do país.

“Decidimos colocar os R$ 100 milhões para a agenda do combate aos lixões, agenda de resíduos sólidos, que, junto com o saneamento, são a maior marca do nosso subdesenvolvimento no Brasil. Um país em que 100 milhões de pessoas não têm coleta e tratamento de esgoto, 35 milhões de brasileiros não têm sequer água encanada em casa e mais de 3 mil municípios têm graves problemas de gestão dos resíduos sólidos, que nós, popularmente, chamamos de lixões”, afirmou Salles. 

Problema que se arrasta 

No bairro Viena, em Ribeirão das Neves, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, os moradores sofrem há anos com os problemas do acúmulo de lixo a céu aberto próximo a centenas de moradias.

“É uma situação lamentável, o cheiro insuportável, muitos ratos. Chega no fim da tarde e o cheiro é horroroso”, conta o líder comunitário João Luiz Vaz. 

A prefeitura de Neves informou que o aterro encerrou suas atividades há quase dois anos e que “no local funcionava apenas uma estação de transbordo, que também foi encerrada na semana passada (dia 10 de maio)”.

Segundo a prefeitura, os resíduos domiciliares são levados diretamente para um local em Sabará e a secretaria municipal de meio ambiente vem trabalhando no desenvolvimento de um programa para iniciar o plano de reciclagem do lixo na cidade. 

Os moradores, no entanto, afirmam que o local continua recebendo lixo. “Eles dizem que está inativo, mas vemos que continuam jogando lixo. Não posso dizer se é a prefeitura que joga ou quem joga. Mas vimos caminhões descarregando lixo. O projeto que a prefeitura tentou implementar não está dando certo”, cobra João Vaz. Segundo ele, será preciso uma fiscalização maior do poder público para evitar que o local continue recebendo lixo. 

Destino do lixo é problema antigo das cidades brasileiras 

As leis que proíbem os lixões no Brasil existem há vários anos, sendo que a mais importante delas foi aprovada em 2010, chamada Política Nacional de Resíduos Sólidos. O prazo para que os lixões a céu aberto fossem encerrados era até 2014, mas ele acabou ficando apenas no papel. Muitos prefeitos afirmaram que não tinha recursos para resolver o problema da destinação do lixo. 

Em junho do ano passado foi aprovado no Congresso e sancionado em julho pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) um novo marco regulatório do saneamento, que definiu regras e novos prazos para a erradicação dos lixões.

As prefeituras deveriam ter elaborado planos no ano passado sobre como resolver o problema em cada local. E o prazo para a elaboração de um plano com a solução é agosto deste ano. As cidades de médio e pequeno porte terão prazo maior para implementar as medidas - 2023 e 2024, respectivamente. 

A regulamentação do marco do saneamento, no entanto, ainda não foi finalizada pelo governo federal. Faltam definições sobre alguns prazos para que as novas regras de empresas estaduais de saneamento sejam estabelecidas. Muitas das novas regras são consideradas entraves para prefeitos, que reclamam da falta de tempo e de recursos em suas cidades. 

O senador Carlos Viana, que participou do lançamento do programa, lembra que muitas cidades não têm coleta seletiva e faltam recursos para a implementação de programas de combate aos lixões.

“Nesse programa, cerca de 400 cidades mineiras poderão se juntar em consórcios para financiar o fim dos lixões. O dinheiro do acordo com a mineradora Vale vai financiar equipamentos industriais de ponta que ajudam na separação do lixo. Os prefeitos, em contrapartida, terão que ceder o terreno e cerca de 35 pessoas serão treinadas para operar os equipamentos. Daremos tranquilidade a vários prefeitos que estão ameaçados de prisão e daremos às cidades uma alternativa correta e sustentável”, afirmou Viana. 

Fonte: Jornal Otempo.

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4 Milhões de embalagens recicladas


 

Estamos só no aquecimento. Que venham as 10 milhões.
"Dilegua, o notte!
Tramontate, stelle!
Tramontate, stelle!
All'alba vinceró!
Vinceró, vinceró!"

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Garis, fiscais e PMs de BH celebram cadastro para vacinação: 'Fomos vistos'

 

Há 7 anos na função de gari, Heider Costa presta um serviço essencial à capital mineira. Ele atua ao menos 6 horas diárias na varrição das ruas da Região de Venda Nova, longe do conforto e da segurança proporcionados pelo home office. 

Desde domingo (28/03), o trabalhador deu um passo à frente na longa fila da vacinação contra a COVID-19, já que a Prefeitura de Belo Horizonte anunciou que prepara um cadastro para imunizar os trabalhadores da limpeza urbana, além das forças de segurança e dos fiscais. 

“Estou ansioso, vai nos ajudar bastante. Também somos da linha de frente e agora estamos sendo vistos. A categoria está sendo reconhecida”, comemora o funcionário.

ansiedade é também o sentimento demonstrado por Edson Xavier, que trabalha há cinco anos na coleta de lixo, ao comentar a decisão do município.

“Todo mundo tem medo do coronavírus, né? Todo mundo quer ir para o céu, mas ninguém está querendo morrer!”, brinca o trabalhador.

O capitão da Polícia Militar de Minas Gerais, Guilherme Pantuzzo, diz que a medida vai trazer mais tranquilidade à sua jornada de trabalho, já marcada por tantos riscos.

“É um alívio. A gente se protege. Usamos máscaras e álcool em gel. Mas, muitas vezes, recebemos chamadas em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento), hospitais. Em alguns momentos, também é inevitável ter contato direto com as pessoas. Então, a notícia de que seremos priorizados nos trouxe muita alegria”, comentou o policial. 

Cadastramento

O cadastramento para imunização dos trabalhadores de serviços essenciais foi anunciado pela prefeitura nesse domingo (28/03). Segundo o município, os servidores deverão preencher um formulário elaborado pela Secretaria Municipal de Saúde. A data em que o documento será disponibilizado ainda não foi informada, assim como o dia previsto para vacinação das categorias.

Por ora, o poder público especificou apenas quais serão os profissionais admitidos no cadastro. São eles: 

- Agentes da BHTrans
- Bombeiros militares
- Fiscais da Secretaria Municipal de Política Urbana
- Fiscais de Controle Urbanístico e Ambiental
- Guarda Municipal
- Polícia Civil
- Polícia Federal
- Polícia Militar 
- Trabalhadores da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU).

Fonte: jornal Estado de Minas

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